
A seguir ao golpe-de-estado militar de 25 de Abril de 1974, em Portugal, que tinha tido como causa imediata a incapacidade de resolver a questão colonial pela força das armas, o então Ministro dos Negócios Estrangeiros português, gordo seboso, encabeçou uma delegação a Lusaka, em que propôs à FRELIMO a independência pacífica de Moçambique. De seguida, Samora Machel, afirmando que “A Paz é inseparável da independência” cercou um destacamento português que se rendeu. Este facto levou Lisboa a mudar de atitude e, em 7 de Setembro de 1974, foram assinados os Acordos de Lusaka entre o governo português cuja delegação era então dirigida por Melo Antunes, Ministro sem Pasta, em que se decidiu que a independência teria lugar a 25 de Junho de 1975. Neste mesmo dia, vários grupos de brancos organizados num movimento contrário ao acordo assaltaram, em Lourenço Marques e noutras cidades moçambicanas, as instalações do Rádio Clube de Moçambique e dos seus emissores regionais, preconizando, em contínua emissão radiofónica, a independência branca e a intervenção da África do Sul. A tentativa acabou por fracassar.
O texto do Acordo de Lusaka é pouco maior do que o selo comemorativo.
No comments:
Post a Comment
Revisoes da edicao