Um grande círculo cor-de-laranja assinalava, no planner da
cozinha,
Fomos cedo para ter tempo para a feira, muito embora já tudo me soubesse a
preparatória:
Espaço Leya – identificado
Palco onde iam fazer a entrega do prémio – identificado
Sitio para sentar – mentalmente marcado
Comprámos livros e pedimos
autógrafos e finalmente chegou a hora de me sentar na mesa mesmo de caras para o
palco onde ia ser entregue o Prémio ao autor. Põe as costas direitas Eduarda, e Deus queira que não apareça nenhuma velhinha a
pedir-me o lugar porque não vou poder dar…
Mas o Universo, ou o António, vá,
dão-me quase sempre a volta e eis que sou chamada, num ACENO!!!! para ir ali ao lado do
pavilhão da Leya!!!!!!!
Foi então desta maneira, num banco de jardim, que estive
frente-a-frente com quem melhor escreve em português, actualmente.
Na pena, vê-se-lhe a genialidade (e dá mesmo vontade de fazer comparações no absurdo da comparação de autores): neste seu primeiro livro, o herói é misógino e as mulheres... essas hipócritas. Para além disto, é também bonito, educado e interessado.
Dei-lhe um abraço e uma opinião:
que continuasse. Imagino que seja isto que se possa dar a um escritor…
Depois não houve mais nada
durante um bom par de horas. Nem compras, nem vontade de comer, nem necessidade
de me abrigar da chuva. Só um sorriso apalermado na cara.
Não tive coragem tempo para
lhe perguntar sobre o novo acordo ortográfico mas tenho a certeza que a
resposta seria: não, obrigado.
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